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Brasil e China celebram 50 anos de diplomacia com novos acordos culturais para fortalecer laços e setores econômicos.
Brasília foi palco, na última quarta-feira, 20, de um evento que reforçou a parceria cultural entre Brasil e China. O encontro celebrou os 50 anos de diplomacia entre os dois países com uma série de acordos estratégicos, com foco na troca de conteúdos audiovisuais e no fortalecimento do intercâmbio cultural. Representantes de ambos os governos destacaram a importância da cultura e da comunicação como pontes para aproximar os dois povos e expandir oportunidades em diversas áreas, como turismo, educação e comércio.
Shen Haixiong, vice-ministro do Departamento de Comunicação do Partido Comunista da China e presidente do China Media Group (CMG), relembrou como a cultura brasileira influenciou sua vida desde a juventude. Ele citou o impacto da novela “Escrava Isaura” como um exemplo do poder do entretenimento para despertar curiosidade sobre outras culturas.
“Meu sonho sempre foi o de conhecer a protagonista da novela Escrava Isaura [a atriz Lucélia Santos]. Eu a tinha como ídolo. Isso mostra o poder da cultura que uma novela brasileira exerceu em mim”, disse Haixiong.
Durante o evento, o vice-ministro enfatizou que a parceria entre o CMG e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) permitirá uma conexão ainda mais próxima entre as nações, destacando produções como a série “Clássicos Citados por Xi Jinping”.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, reforçou que a colaboração midiática e cultural entre Brasil e China poderá abrir novas oportunidades econômicas, especialmente no turismo. “A cultura é o caminho para estreitar os laços entre nossos povos”, afirmou. Já o ministro Paulo Pimenta destacou que os acordos firmados refletem o compromisso de compartilhar histórias, valores e projetos conjuntos.
Margareth Menezes, ministra da Cultura, celebrou o que chamou de “novo patamar” nas relações bilaterais, especialmente no setor audiovisual. Para ela, as trocas culturais frequentes são um reflexo de um momento histórico positivo para ambos os países. Jean Lima, presidente da EBC, apontou que a parceria, iniciada em 2019, já trouxe resultados significativos, como o compartilhamento de conteúdos e a formação de profissionais.
Além de fomentar a cooperação cultural, os líderes presentes ressaltaram a relevância de combater a desinformação e estimular a educação midiática. Segundo Lima, fortalecer o senso crítico é essencial para promover a integridade da informação e proteger as democracias de países com grande diversidade como Brasil e China.